MADRI, 13 de ago de 2004 às 12:08
A Plataforma para a Promoção da Família, o Matrimônio e os Filhos (PROFAM) fará chegar uma carta ao presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, solicitando que se “drible” do reconhecimento da aprovação do “matrimônio” homossexual “o antes possível” por considerar que “não é justo” tratar como igual aquilo que é “claramente desigual”.Em sua missiva, PROFAM adverte a Zapatero que se igualarem as uniões homossexuais ao matrimônio se produzirá "a fratura e a quebra social". "As posturas se radicalizarão mais ainda e será motivo de divisão e não de união entre os cidadãos espanhóis", assegurou.
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Do mesmo modo, a Plataforma assinalou que o Governo não conta para esta reforma legal com os votos obtidos nas últimas eleições nem com o apoio daqueles que então não lhe respaldaram. Advertiu ao Executivo que o matrimônio homossexual é uma modificação que lhe conduzirá “desgaste” até inclusive chegar a converter-se em seu particular 'Waterloo'.
"O Senhor acha que é justo e democrático que se ocupe das questionáveis demanda de uma muito escasso minoria (caso que todos os homossexuais estivessem a favor) e ignore e ofenda a essa grande maioria (mais de 95 por cento) de homens e mulheres que optam e vão seguir optando por formalizar sua união mediante o matrimônio civil ou canônico", perguntou PROFAM em sua carta de dez pontos.
Finalmente, depois de definir o matrimônio como uma instituição apoiada em "a genuína e ordenada relação entre o homem e a mulher" conforme à "lei natural", PROFAM assinalou que "a complementaridade", as diferenciações "físicas e psicológicas" e a "capacidade de procriação" das uniões entre pessoas de distinto sexo são argumentos "suficientes" para rechaçar o matrimônio homossexual.